Palmeiras: o triste fim do ex-presidente Mustafá Contursi

Mustafá Contursi era presidente do Palmeiras no ano em que o clube foi rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro pela primeira vez, em 2002. O dirigente deixou o cargo tempos depois, mas continuou bastante influente dentro do clube, a ponto de ter sido um dos grandes responsáveis pela chegada de Leila Pereira, dona da Crefisa, ao quadro de conselheiras.

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Com o apoio de Mustafá, Leila foi eleita com a votação da história do clube. Ela se encaminha para ser candidata à presidência do Verdão em 2021. Em 2017, houve rompimento entre Mustafá e Leila. Ingressos motivaram a desavença entre eles.

Mustafá vendia ingressos dados por Leila

Leila Pereira recebia 70 ingressos por partida para os jogos do clube no Allianz Parque. Aqueles que ela não usava, passava para Mustafá. Os ingressos davam acesso ao camarote da patrocinadora no local. Leila imaginava que o ex-presidente do Verdão desse o ingresso a aliados políticos, mas não era isso que acontecia.

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Mustafá entregava os ingressos nas mãos de Eliane de Souza Guimarães Fontana. Ela, por sua vez, incumbia Anderson Munari de vendê-los. Tudo consta em acusação feita pelo Ministério Público. Os três acabaram condenados.

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Mustafá é condenado por cambismo

A prática de cambismo é considerada crime. Mustafá Contursi foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Ele terá que pagar 25 salários mínimos para instituição social pública ou privada. O ex-presidente do Verdão foi condenado com base nos artigos 41-F (vender ingressos para eventos esportivos por preço superior ao estampado no bilhete) e 41-G (fornecer, desviar ou facilitar a venda de ingressos por preço superior) do estatuto do torcedor.

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Eliana foi condenada a dois anos e oito meses de pena restritiva de direitos e deve prestar serviços à comunidade. A pena de Anderson foi de um ano e seis meses e ele também deve prestar serviços à sociedade.