Radar Esportes
  • NOTÍCIAS
  • CAMPEONATOS NACIONAIS
  • CAMPEONATOS INTERNACIONAIS
  • OUTROS ESPORTES
  • CLUBES
  • PRÓXIMOS JOGOS
  • ESPECIAIS
  • NFT
Nenhum resultado
View All Result
Radar Esportes
Nenhum resultado
View All Result
Publicidade

Adaptação à nova realidade fez de Yeltsin Jacques um multicampeão

Ele garantiu a 100ª medalha de ouro do Brasil em Paralímpíadas.

Agência Brasil Publicado por Agência Brasil
01/09/2021
© ATHIT PERAWONGMETHA

© ATHIT PERAWONGMETHA

Por um tempo, Yeltsin Jacques foi uma curiosidade. Afinal, o nome diferente, fruto da admiração do pai pelo ex-presidente russo Boris Yeltsin, despertava indagações constantes. Em Tóquio, o sul-matogrossense de 29 anos tornou-se a anedota que todos queriam contar para o Brasil, mas dessa vez pelo que exibiu na pista. Ao vencer os 1.500 metros T11 (para atletas cegos), ele foi o responsável pela 100ª medalha de ouro do país em Paralímpíadas, a marca que perseguíamos desde o começo dos Jogos.

Publicidade

O ouro do dia 31 na verdade foi o segundo de Yeltsin em Tóquio. Ele já havia vencido os 5.000 metros quatro dias antes, abrindo a contagem de ouros do atletismo, a modalidade que mais pódios trouxe para o Brasil na história dos Jogos.

O pulo para o degrau mais alto coincidiu com um novo momento da vida de Yeltsin. Ele nasceu com uma condição retiniana congênita, que limitava quase que por completo a visão dele. Começou a ser tratado aos seis meses de idade. A equipe médica, que o acompanha desde pequeno, o alertou sobre a provável piora gradual do seu problema, ao longo da vida. A previsão inicial era de que ele perdesse a visão totalmente por volta dos 22 ou 23 anos. Porém, isso não aconteceu conforme o diagnóstico. Yeltsin seguiu competindo nas classes T12 e T13, para atletas com baixa visão, mas não cegos.

Publicidade

Nos Jogos do Rio, em 2016, competiu na T13, terminando em quinto nos 5.000 metros e 11º nos 1.500. 

Publicidade

Com atraso, mas aos poucos, a doença foi atingindo os patamares que se previa. Yeltsin conta que em 2015 já havia recebido o primeiro alerta de uma médica, sobre a diminuição considerável da sua capacidade de enxergar. Ele se manteve na T12 até pular para a T11 em 2019. 

Publicidade

Na nova classe, Yeltsin encontrou novas limitações no próprio corpo, novos adversários e marcas a serem batidas. Em Tóquio, a adaptação à essa realidade culminou nos dois ouros que ele conquistou. Com as marcas que obteve nas duas provas, se tivesse permanecido na T13, Yeltsin teria terminado em sexto lugar nos 1.500 metros e sétimo nos 5.000. Do Rio para Tóquio, o tempo na primeira prova melhorou mais de um segundo, mas na distância mais longa ele concluiu 11 segundos mais tarde.

Atualmente, Yeltsin diz que só consegue enxergar e reconhecer alguma coisa, quando o céu está mais claro e ensolarado.

“Foi uma mudança natural para mim. Sempre me disseram que eu teria que ser realista, que isso ia acontecer em algum momento. Não faz mais diferença para mim se estou usando venda ou não. Eu me preparei, passei a treinar com os guias e consegui os resultados”, disse o atleta.

Antes de completar a transição, ele realizou um sonho. Terminou uma maratona correndo sozinho. Em 2018, em Buenos Aires, concluiu os 42 quilômetros em 2 horas e 28 minutos. Saiu orgulhoso.

“Foi algo que eu sempre quis. Correr essa distância ainda enxergando um pouquinho. Foi um tempo fantástico. Eu tropecei, caí, cheguei todo ralado no fim mas foi incrível”, relembra.

Depois daquela prova, Yeltsin já correu outras duas maratonas, já com a ajuda de atletas-guias. Em Tóquio, no domingo (5), último dia dos Jogos Paralímpicos, ele voltará a se testar nessa distância e tentará o terceiro ouro. O entrosamento com os dois parceiros que serão os olhos e pernas complementares dele – Laurindo Neto e Antônio Carlos dos Santos, o Bira – é a grande arma para sair do Japão com um retrospecto perfeito.

“É difícil encontrar guias que consigam acompanhar a minha passada, que é bem longa. Subo bastante o meu quadril. Quem assiste aos nossos treinos diz que parecemos uma só pessoa correndo, tamanha a nossa sincronia”.


Publicado em 01/09/2021 – 09:19 Por Igor Santos – Enviado especial da EBC – Tóquio


Edição: Marcio Parente

Publicidade
CompartilharTweetEnviar
Agência Brasil

Agência Brasil

Agência pública de notícias da EBC. Informações sobre política, economia, educação, direitos humanos e outros assuntos.

Facebook Instagram
Radar Esportes

No Radar Esportes você fica por dentro de todas as notícias do futebol, MMA e outras lutas, UFC, F1, NBA, vôlei, mercado da bola, Brasileirão, seleção brasileira, jogos ao vivo, placar, resultados, tabelas de classificação, fotos, vídeos de gols, informações sobre jogos ao vivo e muito mais.

E-mail: contato@i7.network
Telefone: (11) 3280-0001

Posts recentes

  • Athletico-PR derrota Avaí e se afasta da zona de rebaixamento
  • Luiz Henrique garante vitória do Fluminense sobre o Fortaleza
  • Botafogo, Atlético-MG ou Flamengo? Reforço cobiçado no mercado da bola pode definir futuro e jogar na Série A
  • São Paulo define condição para investir em camisa 10 da Europa; reforço é cobiçado no mercado da bola

Links

CONTATO
POLÍTICA DE PRIVACIDADE

© 2021 | Radar Esportes | Um site do grupo i7 Network

Nenhum resultado
View All Result
  • NOTÍCIAS
  • CAMPEONATOS NACIONAIS
  • CAMPEONATOS INTERNACIONAIS
  • OUTROS ESPORTES
  • CLUBES
  • PRÓXIMOS JOGOS
  • ESPECIAIS
  • NFT

© 2021 | Radar Esportes | Um site do grupo i7 Network

Comunicar erro
Comunique à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
Enviado com sucesso para a RedaçãoNós agradecemos sua colaboração. Sua mensagem será analisada pela Redação e os erros confirmados serão corrigidos.
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Importante: Este site faz uso de cookies que podem conter informações de rastreamento sobre os visitantes.