O Grêmio vive uma temporada bastante atípica em relação aos últimos anos. Acostumado a disputar títulos, ter uma equipe consistente e um futuro a mirar dentro das competições, o Tricolor vê o ano atual como uma reconstrução. Contudo, parecem faltar peças para que uma nova equipe seja construída visando voos mais altos.
Isso porque a equipe passa por problemas na sua reposição, sobretudo quando se olha para o lado esquerda de defesa, que conta com Rafinha, originalmente lateral-direito, mas que assumiu o protagonismo da posição como improvisado após os jogadores do plantel não corresponderem à expectativa de Felipão.
Grêmio desembolsa valor milionário desde 2016 com lateral-esquerdo
Desde 2016, quando foi pentacampeão da Copa do Brasil, o Grêmio convive com problemas na lateral-esquerda. O titular da posição, à época, era Marcelo Oliveira, que embora tivesse o carinho da torcida, tornou-se muito contestado com o passar do tempo. Tanto é que o Grêmio foi até Bruno Cortez para resolver o problema da posição, em 2017, e até deu certo por um tempo, com o tricampeonato da Libertadores, mas o clube viu seu titular cair progressivamente de rendimento já no ano seguinte.
Em seguida, o Tricolor foi até o Corinthians buscar Juninho Capixaba. Com um empréstimo que agradou à primeira vista, o Grêmio decidiu pagar os R$ 6 milhões pedidos pelo Timão. Contudo, a felicidade durou pouco e o jogador teve queda de produção, deixando o clube ao final de 2019.
A solução foi ir até o Fluminense e buscar o destaque da posição no Brasil em 2019: Caio Henrique. Nome incontestável para a posição, o jogador atuou em apenas cinco jogos pelo Tricolor e precisou deixar o clube a pedido do Atlético de Madrid, que o vendeu, posteriormente, ao Monaco, da França.
Para substituir Caio Henrique, o Grêmio acertou a compra de Diogo Barbosa, destaque do Cruzeiro e encostado no Palmeiras. Desembolsando R$ 10 milhões, o jogador viveu altos e baixos, até que acabou na reserva de Bruno Cortez e, atualmente com Felipão, conta com pouco prestígio para a posição.
Com a dupla Cortez e Diogo Barbosa contestados, além da inconsistência física de Guilherme Guedes, o Grêmio se viu obrigado a utilizar Rafinha como um lateral improvisado, gerando uma dor de cabeça no presente e dúvidas para o futuro.