Polícia indicia Eduardo Bandeira de Mello por mortes no CT do Flamengo

A Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro indiciou o ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, por homicídio doloso. Junto a ele, outras seis pessoas passam a responder pela morte de 10 atletas da categoria de base do time, após um incêndio ocorrido no Ninho do Urubu, sede do clube, no começo do ano.

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Segundo informações, Eduardo Bandeira de Mello foi pego de surpresa com a notícia. O clube alega que ainda não foi notificado e só se manifestará oficialmente após tomar conhecimento do relatório.

O inquérito policial foi assinado pelo delegado Márcio Petra. Além do ex-presidente, foram indiciados por dolo eventual os engenheiros terceirizados e um técnico de refrigeração, responsáveis pelas instalações.

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Relembre a tragédia

A tragédia ocorreu no dia 8 de fevereiro, enquanto os jovens da categoria de base do Flamengo estavam dormindo. Os jogadores se encontravam em um alojamento improvisado com containers, quando o rápido incêndio destruiu a estrutura.

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Após investigações da Polícia Civil, foi constatado que o fogo teve início após um curto-circuito no aparelho de ar-condicionado. Além disso, o material do revestimento dos módulos fez com que as chamas se alastrassem com uma rápida velocidade, impedindo que os jovens pudessem escapar. Além dos 10 mortos, outros três ficaram feridos.

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Número de vítimas poderia ter sido maior

A tragédia não foi maior por conta de um temporal que assolou o Rio de Janeiro naquele dia. As fortes chuvas deixaram o bairro onde fica o Ninho do Urubu sem eletricidade, e os treinos tiveram que ser cancelados.

Os jovens que residiam no Rio, puderam dormir em suas casas. Por conta disso, haviam menos jogadores no local, não impedindo, porém, que a tragédia ocorresse.