Pai de artilheiro, auxiliar do Campinense busca título da Série D

Hélio Cabral celebra feitos do time e do filho Arthur Cabral na Europa.

O Campinense começa a decidir neste sábado (6), às 16h (horário de Brasília), a Série D do Campeonato Brasileiro contra a Aparecidense no estádio Amigão, em Campina Grande (PB), com transmissão ao vivo da TV Brasil. O título, se vier, seria a coroação de um ano futebolístico marcante para Hélio Cabral.

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Auxiliar do técnico Ranielle Ribeiro na Raposa (como é conhecido o clube rubro-negro), ele fez parte da comissão campeã paraibana em junho e obteve o acesso à Série C do ano que vem. Além disso, acompanha, à distância, o sucesso do filho no futebol europeu. Hélio é pai de Arthur Cabral, principal artilheiro do Brasil na atual temporada no Velho Continente, com 23 gols em 23 partidas. Desempenho que, em outubro, fez o atacante do Basel (Suíça) ser convocado pelo técnico Tite para defender a seleção canarinho na última rodada tripla das Eliminatórias para a Copa do Mundo, contra Venezuela, Colômbia e Uruguai.

“Fiquei orgulhoso demais [pela convocação do Arthur]. É sonho de todo pai ver o filho prestar serviço à seleção, ainda mais a brasileira, que é cobiçada no mundo todo. Foi emocionante. A família comemorou muito. É o êxito, o auge do futebol”, declarou Hélio à Agência Brasil.

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Antes de brilhar na temporada europeia, Arthur chegou a treinar nas férias com o elenco do Campinense, ao lado do pai, para manter a forma física. Segundo Hélio, apesar da diferença no fuso horário entre Brasil e Suíça (quatro horas a mais), o jogador, com passagens por Palmeiras e Ceará, tem acompanhado os passos dele e da Raposa na Série D.

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“Ele sempre fala, manda mensagem, comenta os jogos e dá muita força. Por meio dele fiz um estágio na Suíça, aprendi muito com essa troca de informações”, revelou o auxiliar rubro-negro, que não titubeou quando foi perguntado se Arthur teria espaço no Campinense.

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“Tem, com certeza! [risos]. Quem não quer um homem-gol? O Arthur é um cara que faz gol. Cairia muito bem!”, afirmou.

Arthur e Raposa, pelo menos neste momento, não estão nos planos um do outro, mas o elenco com o qual Hélio trabalha já vem dando conta do recado em 2021. A equipe de Campina Grande tem o segundo melhor ataque da Série D, com 34 gols em 22 partidas, e uma defesa vazada menos de uma vez por jogo em média. O retorno à Série C, após dez anos, e a reconquista da Paraíba, depois de cinco temporadas, segundo o auxiliar, não estava na previsão de muita gente.

“O pessoal dizia que poderíamos até cair para a segunda divisão do Paraibano, mas o time recuperou a autoestima e fez bons jogos. O título estadual foi de suma importância por nos dar acesso às Copas do Brasil e do Nordeste [de 2022]. Isso deu um ânimo maior. Quando fomos campeões, percebemos que a equipe poderia ir longe na Série D. Foi o que aconteceu. Formamos um grupo barato, caseiro, jovem, mas bem competitivo e conseguimos o êxito de chegar à final do Brasileiro”, analisou Hélio.

Por ter campanha geral inferior à Aparecidense, o Campinense decidirá o título fora de casa. O segundo jogo da final será no próximo sábado (13), às 15h, no estádio Anníbal Toledo, em Aparecida de Goiânia (GO). Cenário diferente dos confrontos diante de América-RN e Atlético-CE, em que teve o apoio da torcida raposeira no Amigão na partida de volta.

Na busca pelo segundo título nacional do futebol paraibano (o Botafogo-PB venceu a Série D em 2013), a Raposa disponibilizou dez mil ingressos para o compromisso deste sábado. Na última quinta-feira (4), a prefeitura de Campina Grande flexibilizou o acesso ao estádio, liberando torcedores com uma dose da vacina contra o novo coronavírus (covid-19) da obrigação de apresentar o teste com resultado negativo.

“Estamos trabalhando em cima deles [Aparecidense], observando erros e virtudes. Queremos fazer uma boa atuação e conseguir um bom resultado para chegar no jogo de volta e levar a taça. Estamos confiantes de que podemos conquistar esse título, que é nosso objetivo”, concluiu Hélio.


Publicado em 06/11/2021 – 08:00 Por Lincoln Chaves – Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional – São Paulo


Edição: Fábio Lisboa