Após dominar o futebol brasileiro no início dos anos 90 e em boa parte dos anos 2000, o São Paulo foi aos poucos se estagnando e foi ultrapassado por outros clubes nacionais, que se reestruturaram financeiramente e hoje disputam todos os títulos de relevância da temporada.
O Tricolor viu o Palmeiras, seu grande rival no estado, sair de uma situação crítica, após o seu segundo rebaixamento no Brasileirão, para o status de um dos clubes mais organizados do Brasil. A parceria com a Crefisa, que já injetou muito dinheiro no clube, mudou o Palmeiras de patamar, e hoje o Verdão é o atual bicampeão da Libertadores da América.
Com uma dívida de cerca de R$ 600 milhões, o São Paulo também está muito atrás de clubes como o Flamengo e o Atlético-MG, que assim como o Palmeiras, possuem os elencos mais valiosos do país.
Pra virar esse jogo, o presidente Julio Casares está disposto a seguir a nova tendência do mercado e transformar o São Paulo em uma SAF. Só nos últimos meses, três clubes brasileiros de grande apelo popular foram vendidos para investidores. O ex-jogador Ronaldo comprou o Cruzeiro por cerca de R$ 400 milhões, o Botafogo foi vendido para o investidor John Textor, e por último o Vasco, que fechou com a 777 Partners e foi vendido por R$ 700 milhões em um acordo que pode chegar até à R$ 1 bilhão.
Julio Casares está desde o ano passado em busca de investidores e formou um comitê para estudar e preparar a separação do futebol com o clube social.
Segundo o jornalista Cosme Rímoli, o presidente já tem interessados em investir na compra do São Paulo e trabalha com um número em torno de R$ 600 milhões. No entanto, os conselheiros do clube ouvem nos bastidores que o valor pode chegar a R$ 800 milhões.