O São Paulo foi para Campina Grande na última quinta-feira (24/02) e conseguiu se classificar na Copa do Brasil com o regulamento de baixo do braço, após somente empatar com o Campinense por 0 a 0. O time de Rogério Ceni até fez um bom primeiro tempo, mas acabou desperdiçando todas as suas oportunidades de abrir o placar contra o clube paraibano.
Apesar de não ter vencido a partida, a classificação para a próxima fase rendeu R$ 2,77 milhões de premiação aos cofres são-paulinos. O dinheiro chega em uma boa hora, já que o clube atravessa uma grave crise financeira e tem pouco mais de R$ 600 milhões em dívidas.
Essa dívida exorbitante está sendo o gatilho para que Julio Casares, presidente do clube, mire os exemplos de Cruzeiro, Botafogo e Vasco, que se transformaram em SAF e foram vendidos para grupos de empresários. Casares está estudando seguir este caminho e até montou um Comitê para avaliar a divisão total do futebol com o clube social.
Segundo o jornalista Cosme Rímoli, os conselheiros são-paulinos acreditam que o clube pode ser vendido por R$ 800 milhões, já que o Cruzeiro, que está em uma situação muito pior que o São Paulo, foi comprado por Ronaldo por R$ 400 milhões.
No entanto, o diretor de marketing do São Paulo, Eduardo Toni, falou em entrevista ao jornalista Jorge Nicola que acha que o valor que estão oferecendo para os clubes brasileiros está bem abaixo do valor do mercado, e que por isso o São Paulo ainda está em fase de estudos: “Times como esses, com as glórias que possuem, são marcas muito pesadas e que devem ser valorizadas“, disse Toni, a respeito de Botafogo, Cruzeiro e Vasco.
Já Carlos Belmonte, diretor de futebol do clube, disse em entrevista ao GE na última quinta-feira que acha muito difícil a SAF do São Paulo ser aprovada no Conselho Deliberativo no atual momento. No entanto, Belmonte afirmou que essa mudança será inevitável pensando no futuro. “É o único caminho a seguir”, disse o diretor são-paulino.