Presidente do São Paulo, Julio Casares deu entrevista ao Estadão e falou sobre diversos assuntos envolvendo o clube. Um deles foi a sociedade anônima do futebol. A SAF está na moda e alguns clubes brasileiros já aderiram ao modelo que permite a venda da entidade esportiva.
A venda de clubes de futebol é algo comum na Europa – casos como o do Chelsea e Manchester City são alguns exemplos -, mas ainda não decolou no Brasil, onde há uma mentalidade mais conservadora em relação à forma como se enxerga o esporte mais popular do país.
Nos últimos meses, a torcida do São Paulo passou a ficar curiosa sobre o modelo de SAF que poderia ser adotado no clube e qual o valor da venda. Chegou a se falar em R$ 800 milhões, valor que foi considerado baixo pelos torcedores comparados com outras equipes brasileiras.
Na entrevista ao Estadão, Casares falou sobre o tema de uma forma clara e direta. O presidente disse que não vê o São Paulo seguindo por este caminho, mas que o objetivo dele é preparar a entidade para o futuro. “Uma associação pode ser também profissional e não precisa se transformar em SAF”, disse Casares.
“Não vejo o São Paulo nesse caminho, mas tenho a obrigação de entrar no assunto e preparar o clube para o futuro, comigo como presidente ou com outro”, declarou. No que depender de Julio Casares, o São Paulo deve adotar o modelo de SAF. O presidente do Tricolor tem mandato de quatro anos. Ele foi eleito em dezembro de 2020 e iniciou o mandato em 2021 e diz estar trabalhando para diminuir as dívidas do clube. O São Paulo deve cerca de R$ 700 milhões.
