Estatística nada mais é do que a ciência que avalia dados e informações e, a partir disso, estuda as probabilidades. Mas se você pensa que é uma área que se limita às ciências exatas, engano seu. Afinal, não é de hoje que ela está presente em muitos esportes.
Inclusive, muitas equipes recorrem a empresas especializadas no assunto que fazem todo o trabalho para elas. Até você, se quiser fazer suas previsões, poderá consultar informações em sites de confiança, como a Futuur, um “prediction market” (mercado preditivo) que usa um mecanismo de mercado para agregar a inteligência coletiva e gerar previsões mais precisas. Lá, usuários apostam ou usando dinheiro fictício, ou usando criptomoedas como Bitcoin ou Dogecoin, em eventos futuros de todo tipo. Através dessa atividade, o sistema consegue gerar previsões que tendem a ser muito mais precisas do que outros métodos de forecasting.
Ainda que os esportes sejam surpreendentes e muitos resultados sejam inesperados, muitas previsões podem ser feitas com uma boa análise estatística. Por exemplo, Futuur oferece previsões de futebol além de muitos outros esportes. Aliás, é exatamente por isso que muitas equipes não abrem mão deste recurso na hora de enfrentar seus adversários.
As ligas de esportes norte-americanos são grandes adeptas das estatísticas para avaliar e melhorar seu desempenho, assim como outros esportes que inclusive educam seus fãs a entender esses números e usá-los para dar suas previsões em plataformas de inteligência coletiva como a Futuur e outros sites.
Estatísticas, esporte e cinema
Apesar de as estatísticas não terem sido tão bem aceitas desde sempre, as mudanças que elas proporcionaram diminuíram a resistência de muitas equipes técnicas. Aliás, sua aceitação fez tanto sucesso que virou até livro e chegou às telas do cinema num longa estrelado por Brad Pitt.
Em Moneyball: O Homem que Mudou o Jogo vemos como a avaliação estatística dos jogadores melhorou o rendimento do time. Inspirado na vida de Billy Beane, gerente do time Oakland Athletics, time de beisebol, que venceu 20 partidas seguidas, recorde da MLB.
Mas o mais surpreendente foi conseguir este feito com um time com uma folha salarial baixa e, até então, desfalcado. Aliás, foi aí que a estatística entrou em campo: o time não podia contratar grandes estrelas porque custaria muito dinheiro. Mas havia jogadores com bons números e desvalorizados pelo mercado, disponíveis.
Portanto, as estatísticas ajudam não só na avaliação de desempenho dos jogadores, como na contratação. Afinal, nem sempre bons jogadores estão no auge, e lapidar estes atletas pode ser um grande presente para as equipes.
Apesar de sua utilidade, é bom ter em mente que há também critérios muito além das estatísticas em todo este processo. Afinal de contas, há fatores extracampo, questões comportamentais, entre outros que devem ser avaliados.
Aplicação prática das estatísticas nos esportes
Prever cenários e resultados é muito mais fácil com o uso da estatística, pois podemos saber o que esperar em termos de avaliação de dados, histórico e muito mais. Assim podemos sair completamente do campo do achismo, por assim dizer, e ir aos fatos objetivos. Não é à toa que atualmente até equipes técnicas de futebol estão dando uma atenção especial à estatística.
Mas tão importante quanto analisar os dados é saber o que fazer com eles. Hoje não basta o técnico ser um ex-jogador ou entender muito bem de tática e posicionamento. Aliás, o que vemos ainda comumente no Brasil é a troca de técnicos aos montes, justamente pela falta de atenção à estatística.
Na derrota sofrida do Brasil para a Alemanha no 7×1, por exemplo, os números apontam que a seleção brasileira ofereceu muito mais risco. Afinal, dominou o jogo em posse de bola, número de finalizações, cruzamentos e recuperação de bola. Mas o que o técnico Felipão não sabia é que Joachim Löw já estava usando a estatística a seu favor, com o objetivo de corrigir falhas e fragilidades contra seus adversários. Diminuir o tempo de posse de bola, por exemplo, já era uma de suas estratégias.
Dessa forma, a movimentação acabou sendo mais rápida e o aproveitamento final foi muito superior. Enquanto o Brasil teve 18 finalizações e um mísero gol, a Alemanha teve aproveitamento de 50% de suas finalizações. Afinal, chutou 14 vezes a gol e marcou sete.
Aliás, em termos de uso de estatísticas, os técnicos e times europeus estão muito à frente dos times brasileiros.
A tecnologia a favor do esporte
Como falamos, a estatística é uma ciência. Portanto, nem sempre é de fácil domínio por parte de um técnico. Por causa disso, além de especialistas na área, hoje em dia há muitos softwares e programas que fazem a análise de dados para uso dos técnicos.
Pensando no time de especialistas, hoje também é possível encontrar empresas que prestam serviços a favor de equipes. Então, os times terão uma compreensão mais exata de seu time, adversários, andamento do campeonato e muito mais.
Como dissemos acima, no entanto, é essencial fazer um bom uso dos resultados. Ainda que a tecnologia esteja avançada e trabalhando a favor das equipes, o fator humano ainda é bastante importante. Afinal de contas, mesmo com toda a informação do mundo, só um bom técnico saberá exatamente o que fazer a respeito do desempenho de seus jogadores.