Hoje é dia de estreia do Galo, no Campeonato Brasileiro, e esta coluna irá trazer conteúdo sobre o Atlético-MG.
Sempre tive o sonho de poder escrever sobre o Galão da Massa, de forma livre e responsável. E agradeço esta oportunidade do Radar Esportes, por me fornecer este espaço. Prometo utilizá-lo de forma responsável e também divertida.
Se você é Galo e viveu os anos 90 e 2000, torcendo para nosso clube do coração, sabe muito bem que o que estamos vivendo nos últimos tempos é praticamente um sonho.
Tempos sofríveis do Galo
Nos anos 90 tivemos times sofríveis, com alguns momentos de felicidade, como a conquista das Copas Conmebol – em 92 e em 97, alguns campeonatos mineiros e também um quase ápice, no ano de 1999, no Campeonato Brasileiro, no qual fomos prejudicados (mais uma vez) pela arbitragem ao não marcar um pênalti em um toque de mão do defensor Índio, do Corinthians.
Na primeira década do ano 2000, chegamos ao fundo do poço. Em 2005, com um time recheado de medalhões, caímos para a 2ª divisão do Campeonato Brasileiro. Time grande cai sim! E time grande SOBE!
Começamos mal a Série B do Campeonato Brasileiro de 2006. Mas as rodadas foram passando, o time foi se encaixando e foi criando uma sinergia muito forte com a torcida, que, apesar de todos os pesares, sempre esteve presente. Resultado: Campeão Brasileiro da Série B de 2006, e recorde de público entre todas as séries do Brasileiro no ano de 2006.
Foi algo incrível e só quem viveu aquele momento de tristeza em 2005 sabe o quão restaurador foi o ano de 2006.
Com campanhas medianas durante o restante dessa década, finalizamos o Campeonato Brasileiro de 2011 de forma sofrível. Nos livramos do rebaixamento na penúltima rodada; e, na última rodada, quando tínhamos a oportunidade de rebaixar o nosso ex-maior rival, sofremos uma derrota dolorida, que marcou uma geração.
A mudança de chave
Porém, são nos intempéries da vida que temperamos o caráter. Apesar dessa derrota, mantivemos o técnico Cuca e seguimos para o ano de 2012, sem muita expectativa. Mas algo ocorreu que mudou a história do Clube Atlético Mineiro.
Ronaldinho Gaúcho, eleito 2x o Melhor Jogador do Mundo, campeão mundial com a Seleção Brasileira em 2002, campeão da Champions League pelo Barcelona, pousava de helicóptero na Cidade do Galo, após um rompimento com o Flamengo. A mídia nacional já dava como fracassada a sua passagem pelo Galo e, apesar dele não precisar provar nada para ninguém, ele queria provar.
Terminamos o Campeonato Brasileiro de 2012 em 2º lugar, graças à não existência do VAR. E essa posição, conquistada em definitivo na última rodada em um clássico contra o ex-rival, no qual ganhamos por 3×2, nos deu uma vaga na Libertadores de 2013.
Não irei falar sobre a Libertadores 2013 aqui, pois ela merece um texto exclusivo. Foi ÉPICA!
E ali, em 2012, começou a nossa mudança. Não só uma mudança no time, mas uma mudança de mentalidade. Uma mentalidade vencedora é fundamental para a conquista de títulos.
E desde então foram, até os dias de hoje, duas Copas do Brasil, um Campeonato Brasileiro, sete Campeonatos Mineiros (12, 13, 15, 17, 20, 21, 22), uma Recopa, uma Supercopa e contando.
2022 do Galo promete!
Portanto, meus amigos Atleticanos, digo com toda certeza: vivemos hoje um Galo que será lembrado por gerações! Da mesma forma que ouvimos os mais velhos falar da geração do final da década de 70 e início da década de 80, daqui a 20, 30 anos, falaremos de Hulk, Arana, Allan, Zaracho, Everson e outros do nosso time do coração.
Inicia hoje (10/04), contra o Internacional/RS, o Campeonato Brasileiro do Galo. O time tem chances reais de conquistar um Bi campeonato – de forma consecutiva, conquistando o 3º troféu desse título tão importante para a nossa galeria.
Vamos aproveitar! Ser Galo é bom demais!
Esse texto é de responsabilidade exclusiva do colunista e não representa a opinião do Radar Esportes.
