Nesta sexta-feira (9), uma partida com nada menos do que seis gols movimentou a rodada do Campeonato Chileno da primeira divisão. A partida disputada na província de Curicó, no país sul-americano, entretanto, foi marcada não pelo potencial bélico das duas equipes, mas sim por mais um vergonhoso episódio de racismo, envolvendo acusações contra o árbitro Gilabert, preferidas contra o zagueiro Alexis Rolín, ex-defensor da equipe argentina do Boca Juniors.
Após o apito final que decretou a vitória por 4 a 2 da equipe do Curicó Unido contra o Universidad Concepción, o árbitro chileno foi apontado por Rolín, que defende o time derrotado, de xingamentos envolvendo ofensas de cunho racial.
Logo na saída de campo, o zagueiro de origem uruguaia concedeu uma entrevista para o Canal del Fútbol, na qual contou a sua versão de como tudo teria ocorrido: “Estava olhando o árbitro num escanteio, e me disse ‘negro feio’, na cara. É um atrevido de m*“, afirmou o jogador.
Técnico do Universidad Concepción pede que o caso seja investigado
O treinador de Rolín pediu para que o episódio não seja esquecido, e que uma investigação sobre o caso seja conduzida pelas autoridades. Ele afirmou que confia na versão dada pelo seu atleta, e julgou a atitude do árbitro como “detestável“, crendo na tese de que uma agressão deste tipo a outro ser humano deva ser investigada pelas autoridades competentes.
Francisco Bozán destaca problemas enfrentados por estrangeiros
O treinador recordou ainda o fato de Rolín ser um estrangeiro, o que torna as coisas um pouco mais difíceis para a sua adaptação. Bozán desceu a lenha no futebol chileno, afirmando que esta atitude é inaceitável em um “futebol que se diz profissional“, e bi campeão da Copa América.
